segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Gestão de Riscos: Gerenciar Projetos e suas Incertezas

É importante analisar os mais variados cenários do projeto visualizando probabilidade de ocorrência de riscos ou oportunidades. Como utilizar os gráficos de Distribuição, Gráfico de Sensibilidade e Tornado, Dispersão, Curva S ? O que eles têm a nos dizer ? Como interpretar estes dados?

Desta vez quero apresentar mais um membro de minha equipe na Simplificar, o Marcel Teixeira, responsável pelos nossos treinamentos de Gestão de Riscos e autor deste artigo.
Joyce Silveira, PMP

Gerenciar Projetos e suas Incertezas

By Marcel Teixeira
Qual o valor de se analisar o desconhecido?
Nos tempos primórdios, o ser humano precisou vencer várias situações adversas e desconhecidas como: morte, ataques de predadores, fenômenos da natureza, escuridão e etc. Estas situações nos ensinaram a dar mais atenção frente ao que era desconhecido, pois isto ocasionaria uma maior probabilidade de sobrevivência.
Nos dias atuais, esta condição humana que associa o desconhecido a um risco, continua nos assolando, pois o desconhecido continua sendo algo “perigoso”.

Os projetos não fogem a regra, pois são processos únicos devidos os seus incertezas, exigindo do Gerente de Projetos um planejamento consistente, buscando transformar o desconhecido em um cenário analisável através de cálculos estatísticos e de probabilidade.
Para isto, atualmente dispomos de várias ferramentas, nas quais uma delas é o Risk Analysis onde se podem fazer Simulações com os eventos desconhecidos a fim de chegar a um conhecimento previsível do tamanho e tipo dos riscos relacionado ao projeto, e assim se proteger previamente de sua possível ocorrência.
Estamos promovendo nosso curso de Gerenciamento de Riscos com o Risk Analysis, no qual você aprende não só a utilizar esta ferramenta robusta, mas também como analisar as informações.
De nada adianta aprender apenas a "mexer na ferramenta".
Quero também mostrar um pouco do que a ferramenta pode te oferecer, que são várias funcionalidades, que auxiliam o Planejador, dentre elas estão:
Gráfico de Distribuição
O gráfico de distribuição é onde se analisam os mais variáveis cenários do projeto através de um histograma de probabilidade.




Como dito, com ele é possível analisar as mais variadas incertezas de um projeto. Seja de uma atividade específica, de um risco ou mesmo de todo cronograma.
 Gráfico de Tornado e Sensibilidade
Uma das mais importantes ferramentas de simulação é o Gráfico de Tornado, pois através de sua análise, é possível calcular a sensibilidade de cada atividade ou risco do projeto. Ou seja, o Gráfico Tornado exibirá como resultado final as atividades ou riscos em ordem de importância dentro do Projeto.
Distribution Analyser
Quando ações mitigadoras são executadas em um projeto a fim de reduzir a probabilidade ou impacto de um risco, o mesmo assume novos valores de custo e duração.
Muitas vezes, devido a sua complexidade, uma comparação entre o Cronograma pré-mitigado e pós-mitigado torna-se uma tarefa árdua e extensa.
Com o Distribution Analyser, é possível comparar estas diferentes fases do Projeto através da curva S.
Gráfico de Dispersão
Com o Gráfico de Dispersão é possível analisar a Correlação entre duas variáveis, isto é, se as mesmas variam juntas ou são interdependentes.
Como mostrado, o Risk Analysis oferece ferramentas que auxiliam o Gerente de Projeto a se prevenir de problemas que poderão ocorrer ao decorrer do projeto, munindo-o com informações cruciais para o sucesso do mesmo.


Marcel Teixeira
Analista de Projetos
Especialista em Riscos da Simplificar
31 2555 0039

domingo, 13 de outubro de 2013

Indicadores de Gerenciamento de Projetos e sua aplicabilidade no Primavera P6

Prezados leitores do Blog,

Já devem ter percebido que este blog não é mais somente da Joyce (antigo Blog da Joyce), mas já há algum tempo, é o blog da Simplificar, por considerar que a minha equipe é bem preparada para contribuir neste forum.

Por isto teremos por aqui  além de artigos técnicos, resenhas de livro, realizadas por pessoas da equipe da Simplificar.

Desta vez, quero apresentar a Kelly Oliveira, nossa Analista de Projetos Sênior, que tem trabalhado com a implantação do Primavera P6, tanto Professional (Client Server), como o Web.

Neste artigo, ela faz uma resenha de um livro e em seguida apresenta como estes indicadores podem ser trabalhados no Primavera P6.
Joyce Silveira

Resenha do Livro: "Indicadores de Gerenciamento de Projetos" de Armando Terribili Filho

Nova abordagem: Como os indicadores de Gerencimento de Projetos podem ser inseridos no Primavera P6.

Por: Kelly Oliveira
Primeiramente, estudei o livro do Armando Terribili, o qual considerei bastante objetivo. Fiz a resenha do livro e analisei a aplicabilidade dos conceitos no Primavera P6, que é o meu foco de análise.
Segue abaixo a minha visão, do que considerei mais importante:
INDICADOR

  • Conceito: Meio de Verificação. Um mostrador que indica como anda a evolução de uma atividade/processo/projeto baseado em parâmetros previamente definidos.
  • Definição: É definido na Fase de Planejamento
  • Deve permitir comparações históricas e estabelecer prognósticos

INDICADORES DE PROJETOS

       1 – Satisfação do Patrocinador do Projeto (ISP)
       2 – Planejamento e Efetividade da Comunicação (IPEC)
       3 – Desempenho de Custos (CPI)
       4 – Desempenho de Prazos (SPI)
       5 – Gestão de Riscos (IGR)

MODELO DE COCKPIT


       Os  indicadores devem possuir um formato de visualização rápido e fácil.

       Um modelo sugerido é o padrão internacional autoexplicativo do cockpit

       Sugestão de cores: verde, amarelo, vermelho e preto





Etapas para elaboração dos indicadores

       1ª etapa – Elaboração do questionário para cada indicador
       2ªetapa – Estabelecimento de grupos de questões, escalas de quantitativos, definição de pesos e definição de target(metas)
       3ª etapa – Pesquisa
       4ª etapa - Cálculo do indicador
       5ª etapa – Elaboração dos indicadores e subindicadores
         etapa – Análise dos resultados e avaliação causa-raiz

IPEC – Indicador de Planejamento da Efetividade da Comunicação

       Plano de Comunicação
       Reuniões de Progresso
       Reuniões Executivas
       Orientações à equipe
       Avaliação de desempenho dos integrantes


ISP – Indicador de Satisfação do Patrocinador

       Gerenciamento do escopo
       Qualidade dos deliveries
       Frequência na realização
       Documentação nas reuniões de Progresso
       Metodologia utilizada
       Capacitação Profissional da equipe
SPI– Indicador de prazo
       Prazo e datas da baseline
       Prazo e datas de tendência do cronograma
Esses dois dados formam o SPI e o SV
                SPI – Schedule Performance Index
                SV – Schedule Variance
CPI – Indicador de Custos
       PV – Valor planejado
       AC – Valor incorrido
       ETC – Estimado para completar
       EAC – Total ao terminar
EV – Valor Agregado
Não tem associação com o custo incorrido e sim com o planejado.
Mostra se está gastando mais ou menos em relação ao trabalho realizado.
Cost Variance = EV – AC (CPI)
Ponto de equilíbrio
Usualmente o indicador de equilíbrio tanto para o SPI quanto para o CPI é 1.
SPI > igual a 1 = bom
SPI < que 1 = ruim
CPI > igual a 1 = bom
CPI < que 1 = ruim
O valores de tolerância são definidos em cada organização, determinando os limites inferiores e superiores permitidos
IGR – Indicador de Gestão de Riscos
       Elaborar um questionário para avaliação da maturidade de gerenciamento de riscos
       Definir as faixas de pontuação para
                     - maturidade em riscos
                     - semi-maturidade em riscos
                     - nenhuma maturidade em riscos
O questionário deve levar em consideração o plano de contingência e atualização periódica do plano de gestão de riscos.










No Primavera o SPI é um indicador nativo, dispensa qualquer outro cálculo.
O mesmo ocorre com o CPI. Mas para isso, os custos devem ser atribuídos ao
cronograma no Primavera.
O ISP, IPEC e IGR são variáveis qualitativas, envolvem montagem de formulários
de pesquisa.